Estamos em preparativos para as viagens que se avizinham e o Magno é o que tem os preparativos mais aborrecidos, coitadinho. A pediatra, face aos destinos dos próximos meses, prescreveu-lhe três vacinas. Já levou a da Hepatite A e, durante este mês, levará as outras duas. O que vale é que com tanta brincadeira com a malinha de médico ele leva as “picas” com bastante descontração.
Ainda não tinha vindo aqui falar do programa das festas para os primeiros meses de 2016. Tem sido um início de ano muito intenso, com já duas idas a Portugal e uma terceira a caminho que, com tudo o resto, tem tornado o tempo livre um bem escasso.
Mas cá vai: em Maio iremos ao Peru e subiremos o Machu Pichu com o Magno. A pediatra apenas recomendou que a ascenção fosse gradual, dar-lhe muitos líquidos e, claro, ao mínimo sinal de doença de altitude, descer. Ele já fez connosco caminhadas acima dos 2000 metros e uma até aos 3500 metros e, por ter corrido tão bem, acredito que tenha herdado a minha facilidade de adaptação à altitude. De qualquer modo, preventivamente e à cautela, consultaremos também um pediatra em Cusco pois estão mais habituados a lidar com estas situações.
Mas existe uma outra grande viagem que queríamos muito fazer este ano. A par com o Tibete e o Nepal, onde já fomos, sempre sonhei ir ao Butão. Mas não é fácil nem barato organizar uma viagem ao Butão. Não é fácil porque não se pode simplesmente ir. É obrigatório, tal como sucede com o Tibete, contratar um guia autorizado para nos acompanhar durante a estadia. Como se não bastasse, não é barato. Isto porque os voos para Paro, operados apenas por duas companhias aéreas, saem apenas de um punhado de países na Ásia e, depois do voo, é ainda necessário pagar um valor diário de estadia no país que não é sequer passível de ser negociado pois é tabelado pelo rei.
A única boa notícia no meio disto tudo é que o Magno apenas paga o visto no que diz respeito à estadia. Menos mal. Neste momento, aguardamos ansiosamente que as datas que indicámos para a viagem sejam aceites pela empresa que escolhemos para nos tatar do visto e do guia. Mas, ao fim de três semanas de trocas de emails, telefonemas, pombos correio e sinais de fumo a esperança ainda não morreu mas já começa a definhar. Claro que não é o fim do mundo se não formos lá este ano e existem outras opções em carteira: Austrália, Papua Nova Guiné ou Costa Rica e Panamá. Ou outro sítio qualquer, quem sabe…
É mais ou menos isto:
De resto, temos aproveitado os fins de semana para “viajar cá dentro” e conhecer mais um pouco do nosso país adoptivo. O objetivo, hercúleo, é visitar todos os montes, lagos e cantões. E, neste último sábado, fomos experimentar uma nova estância de ski a 20 minutos de casa, em La Dôle e, no domingo, a escolha recaiu sobre a cidade de montanha, Leysin, também no cantão do Vaud.
Bem, no fundo, o que queremos é aproveitar ao máximo esta oportunidade que a vida nos deu de viver num dos países mais bonitos do mundo. Somos uns “lucky bastards” eu sei ????